segunda-feira, 24 de abril de 2017

ORGANIZAÇÃO DA SALA DE AULA

Caracterização da sala de aula

Ao chegar à sala da turma do 2º ano do Ensino Fundamental, encontra-se um desenho na porta de boas vindas, indicando que a sala pertence a duas turmas de segundo ano.

Conforme Jolibert (2006), a sala de aula organizada como um ambiente agradável estimula os alunos ali inseridos, possibilita a comunicação dos materiais existentes em favor da aprendizagem dos alunos. 
A sala de aula da turma 22 do segundo ano é ampla, com classes organizadas em fileiras. São cinco fileiras, o espaço entre cada classe é razoável e entre os corredores também. O quadro é grande e fica localizado a frente, centralizado, desta forma os alunos não sentem dificuldades de enxergar, sentem apenas quando as cortinas estão abertas por conta do reflexo. Embora Jolibert (2006) proponha a organização da sala como um fator primordial para o processo de ensino aprendizagem, mesas e cadeiras devem ser dispostas, com a finalidade de transformar o espaço da sala em um lugar com liberdade para movimentar-se de acordo com a necessidade das atividades propostas. Esta sala deixa a desejar neste aspecto, tudo esta disposta de forma muito tradicional. 

 Esta sala de aula requer materiais que sirvam de apoio para o processo de alfabetização, ainda não possui o alfabeto exposto e nem quadro com numerais. 


Na lateral esquerda tem um cartaz feito de E.V.A, também de boas vindas. Jolibert (2006) diz que as paredes de uma sala de aula são lugares importantes para demonstrar e valorizar a produção dos alunos, além disso, podem também fazer o papel de setor informativo, com “[...] informações que chegam regularmente à sala de aula e que devem ser disponibilizadas a todos”.


No fundo da sala existe um espaço com um tapete e algumas almofadas, mas não é utilizado pelos alunos. Os materiais que ficam dispostos na estante não são manuseados pelos alunos, tanto que observa-se que os materiais não ficam a altura do alcance das crianças.

Ao lado da estante tem um armário que a professora utiliza para guardar seus materiais há caixas com jogos, tampinhas para utilizar como material de contagem, mas também não é utilizado pelos alunos.
Os alunos não circulam pelo espaço da sala de aula, pois durante todo o tempo da aula ficam nas suas classes.
Seria interessante dispor um espaço com livros para a leitura livre na sala de aula, próximo ao tapete com as almofadas para que os alunos tivessem contato sempre que sentissem vontade. Conforme Jolibert (2006), a sala de aula precisa deixar de ser apenas um local onde os livros ficam empilhados, ou em caixas, sendo utilizados apenas quando os alunos acabam suas atividades. De acordo com a autora, a sala de aula é um local “[...] vivo, familiar, bem-aproveitado e permanentemente renovado, com produções dos alunos e de colegas de outras séries ou salas”.


REFERÊNCIAS
JOLIBERT, Josette. Além dos Muros da Escola. Porto Alegre: Artmed, 2006.


segunda-feira, 17 de abril de 2017

Quarto montessoriano: Um quarto feito para a perspectiva da criança e não do adulto.

http://www.vix.com/pt/maes-e-bebes/544547/quarto-montessoriano-do-filho-de-felipe-simas-tem-cama-no-chao-e-brinquedos-a-sua-altura


Alfabetização, letramento e cultura escrita.

Alfabetização consiste em compreender o sistema da leitura e da escrita, porém este processo não consiste apenas na codificação e decodificação do ato de ler, mas na capacidade de interpretar, compreender, criticar, argumentar, ressignificar e construir conhecimento. Segundo Cagliari (1998) não é porque o professor ensina que um aluno automaticamente aprende. Aprender depende muito da história de cada aprendiz, de seus interesses, de seu metabolismo intelectual. A maneira como aquilo é ensinado passa a ser aprendido é do foro íntimo de cada individuo. Obrigá-lo a agir diferentemente é uma violência contra a sua liberdade e racionalidade. Obrigar alguém a aprender alguma coisa é “lavagem cerebral”. A aprendizagem precisa partir de uma opção individual. Por isso, caracterizamos a alfabetização como um processo que exige paciência e compreensão do tempo necessário para o educando aprender. O letramento, além de ler e escrever  compreende a capacidade do sujeito ler o mundo a sua volta, pois letrado é aquele que apropria-se da leitura e da escrita, fazendo associações do mundo que o cerca. Segundo Soares (2004)  alfabetização e letramento são dois processos distintos, porém interligados. Para uma pessoa ser letrada, é importante já ter passado pelo processo de alfabetização. A cultura escrita implica na capacidade do sujeito, por meio da leitura e da escrita mostrar sua cultura e vivências modificando algo a sua volta, como suas ações, seus valores, e suas habilidades de utilizar procedimentos e instrumentos que constituem o mundo letrado.



REFERÊNCIAS

CAGLIARI, Luiz Carlos. Alfabetização sem o bá-bé-bi-bó-bu.São Paulo: Ed. Scipione, 1993.

PICCOLI, Luciana; CAMINI, Patrícia. Práticas Pedagógicas em Alfabetização: Espaço, tempo e corporeidade. Erechim: Edelbra, 2012.

SOARES, Magda Becker. Letramento e Alfabetização: As Muitas Facetas. Revista Brasileira de Educação. Rio de Janeiro, N.25, JAN./ABRIL. 2004.