domingo, 19 de novembro de 2017

"Feliz aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina." Cora Coralina

Nos dias 23 e 24 de Outubro foi realizado a VIII Mostra Integrada de Iniciação Científica, na qual tive a oportunidade de participar apresentando meu trabalho desenvolvido como bolsista/PIBID que fala sobre a hora do conto e sua importância no processo de alfabetização. 

sexta-feira, 19 de maio de 2017


Nesta semana iniciamos o trabalho com a história "O grande rabanete - Tatiana Belinky",  com o objetivo de unir Literatura Infantil e alfabetização. Será uma atividade feita por etapas, nesta primeira etapa realizamos a contação da história, interpretação oral, registro gráfico e a separação de sílabas. O grande desafio é explorar a história de diversas formas, com inúmeras atividades e no final realizar uma produção escrita. 



segunda-feira, 15 de maio de 2017

APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA

 Questionamentos sobre a forma que os alunos aprendem tem sido provocados no decorrer das observações em sala de aula. A professora propõe exercícios em folhas impressas e atividade no quadro. De acordo com Ferreiro (....) é necessário um trabalho com os alunos sobre seus conhecimentos prévios, propondo exercícios que envolvem a alfabetização referente a leitura e a escrita com significado. Sabemos que quando o aluno enxerga o significado do conteúdo ele aprende melhor. Conforme Camini e Piccoli (2012) atividades em folhas avulsas são úteis em vários momentos, mas é preciso um planejamento detalhado, com objetivos claramente traçados para que a professora tenha controle sobre os investimentos feitos em cada habilidade de leitura e de escrita que precisam ser desenvolvidas e é desta forma que se assegura o avanço dos alunos.
A organização do planejamento das atividades é fundamental, assim como, mapear as formas de aprendizagens dos alunos para então trabalhar a partir daquilo que os eles necessitam, afinal estamos cansados de saber que as crianças não aprendem do mesmo jeito e planejar é incluir ao máximo todas as crianças nas propostas pedagógicas. Camini e Piccoli afirmam que:

A professora precisa ser, também, uma arguta observadora de seus alunos. Investigar como cada um pode aprender melhor implica em perceber os diferentes estilos de aprendizagem, as diferentes capacidades de concentração e os diferentes interesses para saber como lidar com a diversidade. Há crianças que aprendem mais auditivamente, pois conseguem prestar bastante atenção à fala de professores e colegas; outras precisam de estímulos visuais para ficar mais tempo concentradas. (...) Mas as diferenças vão muito além disso, já que as mesmas crianças que aprendem melhor por vias diferentes também estão em variados níveis de conceitualização de leitura e da escrita. Em razão disso, faz-se necessário estar atenta as estratégias cognitivas de que as crianças lançam. (CAMINI; PICCOLI, p. 45;46, 2012).

O desafio do professor em relação à aprendizagem dos alunos é constante, assim como repensar diariamente sobre a prática docente, planejar cuidadosamente pensando no aprendizado significativo dos alunos, ter ambição em relação a aprendizagem das crianças, reorganizar as estratégias, para enfim, alfabetizar

MAPEAMENTO DOS ALUNOS
Considerando as observações em sala de aula ressalta-se dados dos alunos referente a suas características de aprendizagem:

A1: É uma aluna quieta, não aparenta dificuldades na realização das atividades, consegue unir as sílabas e a partir daí formar algumas palavras. Não questiona muito a professora sobre as atividades, apenas quando não entende algum exercício.

A2: É uma aluna que apresenta uma deficiência, tem acompanhamento de uma monitora, mas sua deficiência não afeta seu lado cognitivo, realiza as atividades igual aos demais, as vezes parece que ela compreende as atividades na hora, mas tem dificuldade de conservar o aprendizado de um dia para o outro.

A3: É um aluno quieto, não aparenta dificuldades na realização das atividades, tem facilidade de compreender o que se pede, não questiona a professora, exceto quando não compreende algo.

A4: É um aluno quieto, está entrando agora na fase de juntar as sílabas e aparentemente não está tendo dificuldades. Tem mais facilidade para resolver as contas de adição, segundo ele, as de subtrair são difíceis para ele.

A5: É um aluno inquieto, mas atende aos comandos da professora quando preciso. Consegue formar algumas palavras e na junção da sílaba está em estado satisfatório. Apresenta facilidade na realização de cálculos e também das demais atividades.

A6: É uma aluna muito tranquila, está em processo de alfabetização satisfatório, possui algumas dificuldades ainda na junção de sílabas e formação de palavras, mas questiona a professora quando não compreende e então desenvolve bem as atividades. Possui facilidade na realização de contas de adição e subtração com o auxilio de material de contagem (tampinhas).

A7: É um aluno que já está alfabetizado! Tem muita facilidade e rapidez nas atividades. Desenvolve tudo de forma caprichada. Tem facilidade nos cálculos e na maioria das vezes utiliza o cálculo mental para resolver as contas e quando não consegue conta com o auxilio das mãos. É um aluno que não faz nenhum tipo de pergunta para a professora e sempre ajuda os colegas que tem dificuldades.

A8: É uma aluna totalmente agitada, dificilmente se concentra nas atividades, tem dificuldades na organização do caderno. Ainda não reconhece as letras do alfabeto, não consegue fazer junção de sílabas e nem formar palavras, tem dúvidas frequentes nas atividades e sempre questiona a professora. Nos cálculos desenvolve bem as contas de adição, as de subtração não consegue resolver e utiliza as mãos como material de apoio para contagem. Ela é uma aluna que necessita de atividades de alfabetização iniciais, ainda mais iniciais do que as que estão tendo.

A9: É uma aluna que não interage com os colegas, nem com a professora e nem com a monitora que a auxilia.  Na maioria das aulas ela apenas pinta desenhos e joga alguns jogos. Não reconhece as letras e nem as do próprio nome, não reconhece os números, não consegue formar palavras e juntar sílabas.

A10: É uma aluna que já está alfabetizado! Tem muita facilidade e rapidez nas atividades. Desenvolve tudo de forma caprichada. Tem facilidade nos cálculos e na maioria das vezes utiliza o cálculo mental para resolver as contas e quando não consegue conta com o auxilio das mãos. É uma aluna que não faz nenhum tipo de pergunta para a professora e tem um comportamento exemplar.

A11: É um aluno que possui muita dificuldade, muita mesmo, tanto no processo de alfabetização quanto na realização dos cálculos. Reconhece as letras do nome, mas não consegue juntar sílabas e formar palavras. Tem um pouco de preguiça para realizar as atividades, pede ajuda constantemente para a professora, possui dificuldades para realizar as atividades sozinho. Antes mesmo da proposta já diz que não consegue, é inseguro, pergunta várias vezes a mesma coisa e tem dificuldades para atender as vozes de comando da professora.

A12: É um aluno agitado, mas não aparenta dificuldades, está se desenvolvendo de forma satisfatória.

A13: É uma aluna com muita dificuldade, foi encaminhada para a psicopedagoga, não reconhece nem as letras do nome, reconhece apenas o numero 1 e 2. Ao receber as atividades já diz para a professora que não consegue realizar, porém não demonstra interesse em aprender nem com a ajuda da professora.

A14: É um aluno que está em desenvolvimento satisfatório, não apresenta dificuldades na formação de palavras, realiza bem os cálculos e os realiza a partir do cálculo mental.

A15: Está em desenvolvimento no processo de alfabetização, apresenta poucas dificuldades na junção das sílabas e formação de palavras. Não costuma questionar a professora, é bem agitada, a professora precisa chamar sua atenção várias vezes na tarde. Nos cálculos tem mais facilidade nas contas de adição, utiliza as tampinhas para facilitar a contagem.

A16: Está em processo de alfabetização, consegue juntar algumas sílabas e formar algumas palavras. Tem facilidade na realização dos cálculos e utiliza as tampinhas como material de contagem.

A17: Está em processo de alfabetização, consegue juntar algumas sílabas e formar algumas palavras, mas relatou que consegue mais pra menos do que pra mais. Nos cálculos tem mais facilidade na adição, utiliza como material de contagem as mãos, tampinhas e também o cálculo mental. Relatou que acha difícil realizar as contas de subtração e ler algumas palavras porque não consegue.

A18: É calmo, tranquilo, esperto, caprichoso. Está em desenvolvimento satisfatório no processo de alfabetização. Realiza as atividades sem questionar a professora. Tem facilidade na junção de sílabas e formação de palavras. Nos cálculos tem mais facilidade na adição, mas consegue realizar as de subtrair também, utiliza as mãos e o cálculo menta para realizar as contas.

A19: É uma aluna quieta, dificilmente pede ajuda para a professora e conversa na sala. Está em processo de desenvolvimento satisfatório, reconhece letras, números e sílabas. Nos cálculos tem facilidade para resolver as contas de adição e subtração também, utiliza o calculo mental para a realização das mesmas. Relatou que acha difícil ler palavras grandes.


A20: Começou esta semana na escola, veio de SC, ainda não há dados de observação sobre ele, além de ser um menino educado e agitado, aparentemente não tem grandes dificuldades.


domingo, 14 de maio de 2017

Aprender para evoluir! Visita realizada no último sábado na Escola Projeto em Porto Alegre - RS.  A Escola Projeto acredita que o ser humano está em processo contínuo de descoberta, sendo um processo que vai se modificando pela influência dos outros e do meio, mas também vai modificando o meio e os outros, numa interação e troca constante. 



"(...) Se a chaleira fosse mãe, seria a mãe da água fervida, faria chá e remédio para as doenças da vida. Se a mesa fosse mãe, as filhas, sendo cadeiras, sentariam comportadas, teriam "boas maneiras". Cada mãe é diferente: Mãe verdadeira ou postiça, mãe-vovó, mãe titia, toda mãe é como eu disse. Dona mamãe ralha e beija, erra, acerta, arruma a mesa, cozinha, escreve, trabalha fora, ri, esquece, lembra e chora, traz remédio e sobremesa." - Se todas as coisas fossem mães, Sylvia Orthof

Atividade muito especial que foi realizada na quinta e na sexta-feira para as mamães!!!


"Minha professora é a melhor professora do mundo, gostaria de estudar a vida toda com ela. Ela, é tão meiga, tão boa para mim, eu sou tão levado. Ela tem os cabelos caídos nos ombros, ela é clara e muito bonita, agora não lembro a cor de seus olhos. Já estou com saudades dela. " - A melhor professora do mundo, 2016.


Exposição - Infâncias: diferentes modos de ver e sentir. 
Local: Museu de Artes do Rio Grande do Sul.


segunda-feira, 24 de abril de 2017

ORGANIZAÇÃO DA SALA DE AULA

Caracterização da sala de aula

Ao chegar à sala da turma do 2º ano do Ensino Fundamental, encontra-se um desenho na porta de boas vindas, indicando que a sala pertence a duas turmas de segundo ano.

Conforme Jolibert (2006), a sala de aula organizada como um ambiente agradável estimula os alunos ali inseridos, possibilita a comunicação dos materiais existentes em favor da aprendizagem dos alunos. 
A sala de aula da turma 22 do segundo ano é ampla, com classes organizadas em fileiras. São cinco fileiras, o espaço entre cada classe é razoável e entre os corredores também. O quadro é grande e fica localizado a frente, centralizado, desta forma os alunos não sentem dificuldades de enxergar, sentem apenas quando as cortinas estão abertas por conta do reflexo. Embora Jolibert (2006) proponha a organização da sala como um fator primordial para o processo de ensino aprendizagem, mesas e cadeiras devem ser dispostas, com a finalidade de transformar o espaço da sala em um lugar com liberdade para movimentar-se de acordo com a necessidade das atividades propostas. Esta sala deixa a desejar neste aspecto, tudo esta disposta de forma muito tradicional. 

 Esta sala de aula requer materiais que sirvam de apoio para o processo de alfabetização, ainda não possui o alfabeto exposto e nem quadro com numerais. 


Na lateral esquerda tem um cartaz feito de E.V.A, também de boas vindas. Jolibert (2006) diz que as paredes de uma sala de aula são lugares importantes para demonstrar e valorizar a produção dos alunos, além disso, podem também fazer o papel de setor informativo, com “[...] informações que chegam regularmente à sala de aula e que devem ser disponibilizadas a todos”.


No fundo da sala existe um espaço com um tapete e algumas almofadas, mas não é utilizado pelos alunos. Os materiais que ficam dispostos na estante não são manuseados pelos alunos, tanto que observa-se que os materiais não ficam a altura do alcance das crianças.

Ao lado da estante tem um armário que a professora utiliza para guardar seus materiais há caixas com jogos, tampinhas para utilizar como material de contagem, mas também não é utilizado pelos alunos.
Os alunos não circulam pelo espaço da sala de aula, pois durante todo o tempo da aula ficam nas suas classes.
Seria interessante dispor um espaço com livros para a leitura livre na sala de aula, próximo ao tapete com as almofadas para que os alunos tivessem contato sempre que sentissem vontade. Conforme Jolibert (2006), a sala de aula precisa deixar de ser apenas um local onde os livros ficam empilhados, ou em caixas, sendo utilizados apenas quando os alunos acabam suas atividades. De acordo com a autora, a sala de aula é um local “[...] vivo, familiar, bem-aproveitado e permanentemente renovado, com produções dos alunos e de colegas de outras séries ou salas”.


REFERÊNCIAS
JOLIBERT, Josette. Além dos Muros da Escola. Porto Alegre: Artmed, 2006.


segunda-feira, 17 de abril de 2017

Quarto montessoriano: Um quarto feito para a perspectiva da criança e não do adulto.

http://www.vix.com/pt/maes-e-bebes/544547/quarto-montessoriano-do-filho-de-felipe-simas-tem-cama-no-chao-e-brinquedos-a-sua-altura


Alfabetização, letramento e cultura escrita.

Alfabetização consiste em compreender o sistema da leitura e da escrita, porém este processo não consiste apenas na codificação e decodificação do ato de ler, mas na capacidade de interpretar, compreender, criticar, argumentar, ressignificar e construir conhecimento. Segundo Cagliari (1998) não é porque o professor ensina que um aluno automaticamente aprende. Aprender depende muito da história de cada aprendiz, de seus interesses, de seu metabolismo intelectual. A maneira como aquilo é ensinado passa a ser aprendido é do foro íntimo de cada individuo. Obrigá-lo a agir diferentemente é uma violência contra a sua liberdade e racionalidade. Obrigar alguém a aprender alguma coisa é “lavagem cerebral”. A aprendizagem precisa partir de uma opção individual. Por isso, caracterizamos a alfabetização como um processo que exige paciência e compreensão do tempo necessário para o educando aprender. O letramento, além de ler e escrever  compreende a capacidade do sujeito ler o mundo a sua volta, pois letrado é aquele que apropria-se da leitura e da escrita, fazendo associações do mundo que o cerca. Segundo Soares (2004)  alfabetização e letramento são dois processos distintos, porém interligados. Para uma pessoa ser letrada, é importante já ter passado pelo processo de alfabetização. A cultura escrita implica na capacidade do sujeito, por meio da leitura e da escrita mostrar sua cultura e vivências modificando algo a sua volta, como suas ações, seus valores, e suas habilidades de utilizar procedimentos e instrumentos que constituem o mundo letrado.



REFERÊNCIAS

CAGLIARI, Luiz Carlos. Alfabetização sem o bá-bé-bi-bó-bu.São Paulo: Ed. Scipione, 1993.

PICCOLI, Luciana; CAMINI, Patrícia. Práticas Pedagógicas em Alfabetização: Espaço, tempo e corporeidade. Erechim: Edelbra, 2012.

SOARES, Magda Becker. Letramento e Alfabetização: As Muitas Facetas. Revista Brasileira de Educação. Rio de Janeiro, N.25, JAN./ABRIL. 2004.